
"Comida, carinho e cultura são servidos juntos quando a família se reúne para fazer uma refeição. Esse hábito, porém, vem perdendo espaço para horários apertados de pais e mães que trabalham fora e filhos que se dividem entre a escola e outras atividades. Mas vale a pena fazer um esforço para mudar isso. Um estudo nos Estados Unidos, revelou que quem compartilha regularmente as refeições com a família come melhor e tem maior bem-estar físico e emocional.
Crianças e adolescentes são favorecidos ainda no desenvolvimento social. Os pequenos ampliam o vocabulário e têm quase duas vezes mais chances de tirar boas notas. Quanto mais refeições junto dos pais, de acordo com pesquisa do Centro Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da universidade de Columbia, mais os filhos se dão bem na escola e atrasam a iniciação sexual; e menos eles bebem, fumam, usam drogas, ficam deprimidos, brigam ou desenvolvem distúrbios alimentares (como a anorexia).
Para tornar a refeição em família algo natural, o melhor é seguir esse rito desde que a criança tenha condições de sentar à mesa. Formado o hábito, fica mais fácil exigir dos filhos, na adolescência, que participem do café da manhã, almoço ou jantar e interajam com os pais e irmãos. Se as crianças estão crescidas e você não cultivou esse costume, ainda é tempo de adotá-lo, mas saiba que não será fácil, vai exigir convicção, determinação e comum acordo entre você e seu marido.
Questões bem resolvidas
Além dos aspectos social e cultural do aprendizado, o emocional também é beneficiado. As crianças se sentem mais cuidadas, protegidas e amadas, por conta da proximidade. Os resultados positivos, no entanto, dependem da postura dos pais. Crianças aprendem por observação. Pais presentes, falantes e atenciosos são fontes de informação para os pequenos. Toda vivência que reforce esses vínculos e gere motivação aumenta a percepção das crianças de que elas têm apoio, em quem confiar.
E se as famílias não conseguem se reunir para as refeições? Uma sugestão é investir em fins de semana reunidos. O que importa é a qualidade do momento em que a família está junta. Um papo semanal pode ser mais produtivo do que encontros diários de uma família que não tem convivência de qualidade."
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